Cataratas do Iguaçu
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A área das
Cataratas do Iguaçu (em
espanhol:
Cataratas del Iguazú) é um conjunto de cerca de 275
quedas de água no
Rio Iguaçu (na
Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre o
Parque Nacional do Iguaçu,
Paraná, no
Brasil, e o
Parque Nacional Iguazú em
Misiones, na
Argentina,
fronteira entre os dois países. A área total de ambos os parques nacionais, correspondem a 250 mil
hectares de
floresta subtropical e é considerada
Patrimônio Natural da Humanidade.
O Parque Nacional argentino foi criado em
1934; e o Parque Nacional brasileiro, em
1939, com o propósito de administrar e proteger o manancial de
água que representa essa
catarata e o conjunto do
meio ambiente ao seu redor. Os parques tanto brasileiro como argentino passaram a ser considerados
Patrimônio da Humanidade em
1984 e
1986, respectivamente. Desde 2002 o Parque Nacional do Iguaçu é um dos sítios geológicos brasileiros
[1].
Historicamente, o primeiro europeu a achar as Cataratas do Iguaçu foi o espanhol
Álvar Núñez Cabeza de Vaca, no ano de
1542[2].
As Cataratas do Iguaçu estão participando da campanha mundial de escolha das
Sete Novas Maravilhas da Natureza, organizada pela Fundação
New 7 Wonders. As cataratas estão entre as 28 finalistas da campanha, que deve durou até 2011 quando devia ser atingido o número de 1 bilhão de votos.
[3]
Toponímia
Seu nome vem das palavras
Tupi ou
Guarani y ɨ (água) e
ûasú waˈsu (grande).
[4] Reza a
lenda que um
deus planejava se casar com uma bela mulher chamada Naipi, que fugiu com seu amante mortal Tarobá em uma
canoa. Com raiva, o deus cortou o rio, criando as cachoeiras e condenando os amantes a uma queda eterna.
[5] O primeiro europeu a descobrir as cataratas foi o
conquistador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, em
31 de Janeiro de
1542, por qual uma das quedas no lado argentino foi nomeada.
[4] As quedas foram redescobertas por Boselli
[5] no final do
século XIX, e uma das quedas da Argentina é nomeada com seu nome.
Geografia
O sistema consiste de
cachoeiras[desambiguação necessária] de 275
quedas d'água ao longo de 2,7
km do
rio Iguaçu. Algumas das quedas individuais têm até 82
metros de altura, embora a maioria tenha cerca de 64 metros. A
Garganta do Diabo (em
espanhol:
Garganta del Diablo), uma queda em forma de U, tem 82 metros de altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento, é a mais impressionante de todas as cataratas e marca a
fronteira entre a Argentina e o Brasil.
Dois terços das cataratas ficam em
território argentino.
[4] Cerca de 900 metros dos 2,7 km de comprimento, não tem água que flui sobre ele. A borda da tampa de
basalto recua cerca de 3
mm por ano. A água do
baixo Iguaçu se acumula em um
cânion que drena no
rio Paraná, a uma curta distância da
Usina Hidrelétrica de Itaipu. A junção entre a água marca a
fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Existem pontos nas cidades de
Foz do Iguaçu, no
Brasil,
Puerto Iguazú, na
Argentina, e
Ciudad del Este, no
Paraguai, que têm acesso ao
rio Iguaçu, onde as fronteiras dos três
países podem ser vistas, uma popular atração turística para os visitantes das três cidades.
Turismo
A maioria dos visitantes alcançam as quedas do lado
argentino através da cidade de
Puerto Iguazú. O
Brasil (e também o
Paraguai[6]) exige dos
cidadãos de alguns países que entram pela Argentina a obtenção de vistos, o que é demorado. Por exemplo, os visitantes da
América do Norte que vêm da Argentina para ver as cataratas do lado brasileiro devem solicitar pessoalmente um
visto no
consulado brasileiro na cidade argentina de Puerto Iguazú.
Existem dois
aeroportos internacionais perto das Cataratas do Iguaçu: o
Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (IGU) e o
Aeroporto Internacional Cataratas del Iguazú (IGR). Ambos os aeroportos estão a vários quilômetros das Cataratas do Iguaçu e das cidades vizinhas de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Puerto Iguazú, na Argentina. A
LAN Airlines e a
Aerolíneas Argentinas tem voos diretos a partir de
Buenos Aires e várias companhias aéreas brasileiras como a
TAM,
Gol,
Azul e
WebJet oferecem serviços das principais cidades brasileiras até
Foz do Iguaçu.
Acesso
As quedas podem ser alcançadas a partir das duas principais cidades dos dois lados das cataratas, Foz do Iguaçu, no
estado do
Paraná, no Brasil, e Puerto Iguazú, na
província de
Misiones,
Argentina, bem como a partir de
Ciudad del Este, no
Paraguai, do outro lado do
rio Paraná. As quedas são compartilhados pelo
Parque Nacional Iguazú (
Argentina) e pelo
Parque Nacional do Iguaçu (
Brasil). Os dois parques foram designados
Patrimônio Mundial da
UNESCO em
1984 e
1987, respectivamente.
[7]
No lado brasileiro, existe uma passarela ao longo do cânion com uma extensão para a base inferior da
Garganta do Diabo. O passeio de
helicóptero que oferece vistas aéreas das quedas estão disponíveis apenas no lado brasileiro, a Argentina proibiu tais excursões devido aos seus efeitos nocivos
[carece de fontes] sobre o meio ambiente. Do
Aeroporto de Foz do Iguaçu o parque pode ser alcançado por táxi ou ônibus. Há uma taxa de entrada para o parque. Ônibus gratuitos frequentes são fornecidos para vários pontos dentro do parque. A cidade de Foz do Iguaçu está a cerca de 20 km de distância e o aeroporto está entre o parque e a cidade.
O acesso pela Argentina é facilitado pelo
Trem Ecológico. O trem leva os visitantes diretamente para a entrada da
Garganta do Diabo, bem como as trilhas superiores e inferiores. O
Paseo Garganta del Diablo é uma trilha de um
quilômetro de comprimento que leva o visitante diretamente sobre as quedas da Garganta do Diabo. Outras passagens permitem o acesso ao trecho alongado de quedas do lado argentino e á balsa que liga a ilha de San Martin.
Passarelas das cataratas visto do lado brasileiro.
Comparação com outras quedas famosas
Ao ver Iguaçu, a ex-
primeira-dama dos Estados Unidos,
Eleanor Roosevelt, teria exclamado "Pobre
Niágara!".
[4] As Cataratas do Iguaçu também são muitas vezes comparadas com as
Cataratas Vitória, na
África Austral, que separa a
Zâmbia e o
Zimbabwe. Iguaçu é mais ampla, mas porque ela é dividida em cerca de 275 quedas discretas e grandes ilhas, Victoria é a maior cortina de água no mundo, com mais de 1.600 m de largura e mais de 100 m de altura.
Com o alagamento do
Salto de Sete Quedas em
1982, Iguaçu atualmente tem o segundo maior fluxo médio anual do que o de qualquer cachoeira do mundo, depois das
Cataratas do Niágara, com uma taxa média de 1.746 m³/s. Seu fluxo máximo registrado foi de 12.800 m³/s.
[8] Em comparação, a vazão média das Cataratas do Niágara é de 2.400 m³/s, com uma vazão máxima gravada de 8.300 m³/s.
[9] O fluxo médio nas
Cataratas Vitória é de 1.088 m³/s, com uma vazão máxima registrada de 7.100 m³/s.
[10]
Muitas cataratas têm entre 30 m e 150 m na
Garganta do Diabo, enquanto nas
Cataratas Vitória alcançam mais de 300 m. No entanto, Iguaçu oferece uma vista melhor e passarelas, além disso, seu formato permite vistas espetaculares. Em um certo ponto uma pessoa pode estar cercada por 260 graus de cachoeiras. A Garganta do Diabo, tem
água derramando-se nela a partir de três lados. Da mesma forma, visto que Iguaçu é dividida em várias pequenas quedas, pode-se ver estas uma porção de cada vez. Vitória não permite isso, pois é essencialmente uma cachoeira que cai em um
canyon e é imensa demais para ser apreciada ao mesmo tempo (com exceção do ar).
As Cataratas do Iguaçu estão participando da campanha mundial de escolha das
Sete Novas Maravilhas da Natureza, organizada pela Fundação
New 7 Wonders. As cataratas estão entre as 28 finalistas da campanha, que deve durar até 2011 quando deve ser atingido o número de 1 bilhão de votos. Outra concorrente brasileira no concurso é a
Floresta Amazônica. Em fevereiro de 2009, foi a quinta classificada no Grupo F, a categoria de
lagos,
rios e
cachoeiras.
[3]
Lenda
Uma linda
lenda tupi-guarani explica o surgimento das Cataratas do Iguaçu. "Há muitos anos atrás, o
Rio Iguaçu corria livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam
índios caingangues, que acreditavam que o grande pajé
M’Boy era o deus-
serpente, filho de
Tupã. Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipí, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente.
Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa.
M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas. Envolvidos pelas águas, caíram de grande
altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do
abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande
cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la.